Três Passos e municípios da região se unem para transpor a crise reivindicando soluções

25/09/2015 | Por: Elenara de Oliveira

A grave crise financeira que afeta o país, em especial, o Estado do Rio Grande do Sul, fez os municípios da Região Celeiro paralisarem suas atividades nesta sexta-feira, dia 25 de setembro, através do Movimento do Bolo, como forma de chamar a atenção à situação em que se encontram.

A decisão definida em assembleia da AMUCELEIRO, paralisou os serviços públicos, inclusive saúde e educação.

Os prefeitos reivindicam: Nova divisão dos tributos arrecadados, com maior retorno aos municípios; Regularização nos repasses de recursos para a saúde e transporte escolar; e Auxílio financeiro emergencial para fechamento das contas nas prefeituras.

O Município de Três Passos atendeu em expediente interno, parou a educação e as unidades de saúde, deixando apenas o atendimento de urgência e emergência no Hospital de Caridade

O prefeito Municipal Zé Carlos Amaral, entende ser injusta a divisão do dinheiro arrecadado com os impostos através do Pacto Federativo, onde a menor fatia fica com os municípios. Ele entende ser de suma importância esta mobilização organizada pela Amuceleiro, Confederação Nacional do Municípios e Famurs.

“São valores expressivos que o Governo Federal deve ao Munícipio de Três Passos. Em restos a pagar são mais de 3 milhões de reais, em emendas parlamentares mais de meio milhão, além de valores na educação e saúde... Com a política de desonerações de impostos, entre os anos de 2008 e 2014, Três Passos deixou de receber mais de 22 milhões reais. Fora isso tem valores consideráveis do Governo do Estado”, afirma o prefeito.

Ele ressaltou que estas receitas são essenciais para a prestação de serviços aos cidadãos, sendo fundamental este movimento realizado. “Estamos fazendo investimentos porque antevimos este cenário, a partir de então, reorganizamos o orçamento, cortamos despesas e elencamos prioridades através do Planejamento Estratégico”, finalizou Zé Carlos.

O Movimento do Bolo une os municípios contra a crise, reivindicando e cobrando soluções imediatas dos governos, para que consigam encerrar o ano com as contas em dia.