Comitiva de Três Passos participa de mobilização em defesa dos produtores rurais no RS

17/06/2025 | Por: Christian Baum - Jornalista Reg. Nº 0021854/RS



Comitiva de Três Passos participa de mobilização em defesa dos produtores rurais no RS

O prefeito de Três Passos, Arlei Tomazoni, acompanhado do Procurador-Geral do Município, Carlaile Horbe, e do secretário municipal de Agricultura, João Boll, esteve em Porto Alegre, nesta segunda-feira, 16 de junho, participando de uma mobilização promovida pela Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul). O encontro reuniu prefeitos de todas as regiões do estado, além de deputados, lideranças e entidades ligadas ao setor agrícola, com o objetivo de buscar soluções para o endividamento rural — uma das maiores preocupações do agronegócio gaúcho.

Durante o evento, os prefeitos reforçaram o pedido pela securitização das dívidas dos produtores rurais, cobrando do Governo Federal medidas emergenciais e estruturais para enfrentar a crise que afeta o campo. A comitiva de Três Passos destacou que a base econômica dos municípios da região é sustentada pelo agro. "É necessário garantir que o produtor rural tenha condições de seguir gerando renda com sua produção", afirmou o prefeito Arlei.

Na ocasião, foi apresentada uma carta aberta ao Governo Federal, construída com apoio da Farsul, Fetag-RS e Fecoagro. O documento sugere, entre as principais medidas, o alongamento das dívidas dos produtores por 20 a 25 anos, com juros limitados a 3%, além da criação de um fundo garantidor para operações de crédito rural, linhas de financiamento com juros subsidiados, investimentos em infraestrutura de armazenamento e irrigação e ações para facilitar a importação de insumos.

De acordo com dados da Famurs, desde 2020, foram registrados 2.895 decretos municipais de situação de emergência ou calamidade pública no Rio Grande do Sul. Somente em 2024, os prejuízos causados pelas enchentes somam R$ 12,2 bilhões, sendo R$ 4,1 bilhões apenas na agricultura. No acumulado entre 2020 e 2025, as perdas já chegam a R$ 92,6 bilhões, evidenciando a gravidade e a persistência da crise climática no estado.